A ópera silenciosa
Memórias de um
amanhecer
“Alguém
que te faça sorri na dor, que lance fora todos os seus medos, que te ajude a
cada dia, que te carregue quando você não conseguir continuar, alguém que
respeite seus sentimentos, que ensine e molde você, que a transforme na mais
bela das jóias.”
Primeira parte - O teatro de Ériam
Ser a mulher perfeita, entregar-me por completo sem
restrição a aquele que é digno de receber todo o meu amor e devoção, obedecer
mesmo não sabendo os motivos por trás das ordens, nunca faltar com a verdade,
ser a cadela perfeita. Encontrar o olhar que me faz abaixar os olhos, o olhar
que me faz ficar de joelhos sem que nenhuma palavra seja dita.
Tudo parecia ser apenas um sonho, nunca acreditei que
algo assim pudesse existir na vida real, mas alguém me encontrou, um homem me
mostrou que eu apenas existia, ele me ensinou a viver e pela primeira vez me
senti uma mulher completa.
Lembro-me como se
fosse ontem, mas já faz três anos que tudo começou, num fim de tarde de uma
quarta feira de verão eu estava me mudando para uma casa maior em um bairro
mais tranquilo, longe do barulho dos carros e da poluição dos grandes centros.
Quando cheguei ao meu novo endereço fiquei encantada com um velho teatro que
ficava de frente para minha nova residência. O teatro tinha uma aparência
sombria, sua fachada me lembrava a da Basílica de
Sainte-Clothilde em Paris e um pouco da complexidade do teatro, Wielki em Varsovia na Polonia. A sua arquitetura neogótica era algo que chegava próximo à perfeição, por alguns segundos pude me ver de volta ao século XIX, o estilo medieval e o contraste clássico daquela época me deixava
fascinada, de alguma forma aquele teatro me estimulava, comecei
à me sentir animada e excitada por ver tão bela construção... Eu estava
hipnotizada com tamanha beleza.
Depois de algum
tempo fui para minha nova casa, chegando lá comecei arruma todas as coisas... A
casa era linda, tinha bastante espaço e era bem confortável, eu estava tão
feliz que resolvi convidar algumas amigas para irem me visitar, ficamos à noite
toda bebendo e conversando. Quando à madrugada chegou, resolvemos ir dormi.
Assim que entrei em meu quarto percebi que o vento tinha feito com que a janela
se abrisse, então, fui fechar pelo menos as cortinas para evitar que algum
bicho entrasse voando durante o meu sono. Quando cheguei próximo da ventana,
percebi que daquele local era possível observa o velho teatro que à noite
parecia ser mais belo, der repente meus olho foram guiados em direção a uma das
janelas daquela bela construção e pude observa que tinha um homem sentado em
uma cadeira, não pude vê-lo muito bem, por alguns instantes imaginei que ele
estivesse olhando diretamente para mim, mesmo de tão longe imaginei que ele
pudesse me ver... Assustada, me escondi atrás das cortinas, tive medo, não sei
bem por que desse sentimento que começava a me deixar excitada, meu coração
estava acelerado juntamente com meu sexo que palpitava como um vulcão que
estava preste a entrar em erupção. Comecei a imaginar que à bebida estava
começando a fazer efeito eu não conseguia entender o porquê de toda essa
excitação, talvez ficar tanto tempo sem um namorado não tenha me feito bem.
Os dias foram se
passando e todas às noites eu observava o velho teatro da janela do meu quarto,
e aquele homem sempre estava lá. Durante alguns dias procurei por informações
sobre aquele local, conversei com alguns comerciantes que trabalhavam por ali,
tentava imaginar o porquê de um teatro tão belo em um lugar consideravelmente
isolado do centro da cidade. Em minhas conversas com alguns moradores e
comerciantes algumas histórias me foram reveladas, mas ninguém tinha certeza de
nada, as histórias eram todas confusas...
Logo o verão se foi
e o primeiro dia da nova estação chegou. Naquele primeiro e belo fim de tarde
de outono eu conheci um senhor que se chamava Samuel, ele estava sentado em um
banco da pracinha, lembro-me de sentar ao seu lado e de ouvi-lo falar comigo,
ele disse que algumas pessoas tinham lhe dito que eu estava interessada em
saber um pouco mais sobre a história do local, logo quando o velho senhor
começou a falar mais sobre o teatro um homem sentou-se no banco ao lado do
senhor. Por alguns segundos o silêncio tomou conta do lugar, mas logo, Samuel
começou a falar, ele me contou que aquele teatro foi construído a mais de cem
anos a mando de um Lord que na época tinha o sonho de viver em um teatro com
sua esposa. Na época, Lord Ériam se mudou pro teatro com sua esposa, Joana e
mais três empregadas, poucas pessoas eram convidadas para adentrar no local
apenas alguns homens acompanhados de suas esposas...
Logo, Samuel parou
de falar o silencio mais uma vez se tornou presente e o homem que estava
sentado ao seu lado se levantou e veio em minha direção, ele me entregou alguns
papeis, parecia ser partituras de uma música que tinha o nome de ópera
silenciosa, ele disse que eu deveria guarda às partituras, não tive tempo de
dizer nada, logo ele se virou e foi embora e quando olhei para o lado o velho
senhor, Samuel também já tinha partido.
Depois de alguns
dias resolvi esquecer um pouco o teatro, estava muito atarefada em meu
escritório, lembro-me que passei à última semana do outono no trabalho, não fui
um dia se quer em casa, só para poder adiantar tudo e na semana seguinte curtir
o primeiro dia do inverno.
Cheguei em casa
numa sexta feira, aquela era a última noite de outono e eu queria aproveitá-la
sozinha, então fui até a locadora e aluguei alguns filmes, comprei uma pizza e
uma garrafa de vinho. Logo após o filme coloquei uma música bem suave e
tranquila, deitei no sofá da sala e acabei dormindo. No outro dia de manhã
acordei bem cedo, tomei um banho rápido e fui caminhar, acho que esse era o meu
jeito de receber a nova estação, estava uma manhã tão gostosa.
Logo quando sai
pelo portão tive uma surpresa, o homem que havia me dado as partituras estava à
minha espera.
- Olá bom dia.
- Bom dia. Nossa
que bom ver você! Olha você deixou suas partituras comigo. Aquela música parece
ser muito bonita, mas acho que as entregou para pessoa errada.
Lembro-me que ele
sorriu e disse que queria caminha comigo. Eu não via nenhum problema,
caminhamos durante alguns minutos e conversamos um pouco. Quando voltamos, paramos em frente ao teatro,
ele não tinha mudado nenhum pouquinho, fazia alguns dias que não o via tão de
perto.
Victor
diz: É lindo, não é?
Elizabeth
diz: Sim!
Victor
diz: Vamos entrar? Venha tomar café comigo.
Ele era o homem que
me observava todas às noites, meu coração estava acelerado eu congelei,
finalmente eu o conheci, lembro-me que por uma segunda vez ele me convidou para
entrar e tomar o café da manhã com ele. Pensei em recusar o convite, mas quando
dei por mim já estava entrando pela enorme porta, aquele homem era muito
misterioso, mas eu gostava da maneira que eu ficava quando estava com ele ou
quando apenas o via me observando.
Quando entramos
seguimos até uma escada que leva ao segundo andar, naquele lugar existiam
várias salas trancadas, lembro-me que entramos em uma aonde tinha uma linda
mesa de café da manhã preparada
Victor
diz: Fique à-vontade, Elizabeth.
Elizabeth
diz: Obrigada.
Sentei-me a mesa e
tomei o café calada, pude observa que Victor nem tocava na comida, ele apenas
me observava. Depois de algum tempo começamos a conversar e logo depois ele me
levou para dar uma volta pelo lugar. Logo quando começamos a caminhar pude
perceber que nas paredes daquele local existam vários quadros e muitos desses
quadros eram de uma mulher nua, Victor me contou que aqueles quadros eram de
Joana esposa de Eriam.
Pude observa que na
maioria das imagens ela aparecia sempre no chão, como se tivesse sido
violentada, parecia que suas forças estavam esgotadas e era possível notar que
sempre tinha um chicote ao seu lado e em seu corpo tinha muitas marcas. Victor
começou a contar à história de Joana, ele me disse que ela era mais do que
esposa de Eriam, ela era sua escrava submissa, ele me contou toda à história,
lembro-me que enquanto o ouvia falar eu ia ficando excitada, imaginava como
seria ter uma vida assim, aquilo tudo ia me deixando louca, imaginava se teria
alguma chance de viver aquilo um dia, ser usada e abusada por um homem, ser sua
serva, satisfazer todos seus desejos e vontades, seria algo novo, não sei se
conseguiria, mas eu gostaria de experimentar, por alguns instantes pensei em
Victor me ensinando tudo, me dando ordens... Tentei disfarça para que ele não
percebesse meus pensamentos.
Continuamos a
caminhar pelo teatro, ele me mostrava tudo cada detalhe, não deixava passar
nada.
Depois de
caminharmos pelos corredores entramos em uma sala, não era muito grande em uma
das paredes tinha vários chicotes e cordas penduradas, algumas velas de várias
cores encima de uma pequena prateleira que se encontrava entre os chicotes e as
cordas, havia também uma caixa pequena fechada, uma cadeira e um colchão no
canto direito, naquele local existia apenas uma porta e uma única janela que
estava coberta por uma cortina negra. Enquanto observava os detalhes da sala
pude perceber, Victor se aproximando de mim, sua mão direita entrou em minha
calça e foi na direção do meu sexo.
Victor
diz: Você se excitou com a história que acabei de contar!
Há muito você está molhada imaginando como seria bom ser usada e abusada como
uma puta...
Lembro-me de ouvir
à porta se fechar sozinha e de sentir a mão de Victor cada vez mais forte e
intensa entre minhas pernas, não consegui me segurar e gozei em seus dedos,
dedos que logo depois foram introduzidos em minha boca, minha língua se
movimentava entre eles, pude sentir o gosto do meu gozo.
Aos poucos pude
perceber que ele estava se afastando de mim, pude ouvir o barulho da porta
novamente só que dessa vez ela estava sendo aberta, antes de sair Vitor ordenou
que eu me ajoelhasse e esperasse ele voltar, então a porta se fechou novamente,
pude ouvir o barulho da chave trancando-a. Fiz o que me tinha sido ordenado, me
ajoelhei e fiquei ali durante alguns minutos, mas logo comecei a me sentir
incomodada, meus joelhos estavam doendo eu estava com um pouco de sede, eu não
queria ficar mais de joelhos, então, levantei-me e fui até aporta, ela
realmente estava trancada, percebi que não adiantava eu força, ela não iria
abrir, resolvi me sentar na cadeira e esperar... Finalmente depois de alguns
longos minutos ela se abriu.
Elizabeth
diz: Que bom que você voltou estava morrendo de sede!
Você poderia me dar um pouco de água?
Victor saiu
novamente sem dizer uma palavra, alguns segundos depois ele voltou com um copo
de água na mão esquerda, eu me levantei e fui em sua direção para pegar o copo,
quando cheguei perto senti sua mão direita em meu rosto, eu tinha acabado de
levar um forte tapa na cara, sua mão era pesada, meu rosto estava marcado,
quando fui perguntar o porquê daquele tapa ele jogou toda água do copo em meu
rosto, não sabia o que estava acontecendo ali ou o porquê dele ter mudado
comigo.
Victor
diz: Fique de joelhos e beba a água que está espalhada
pelo chão, mate sua sede.
Ajoelhei-me e comecei a lambe o chão, lembro-me que queria perguntar o porquê daquilo, mas estava excitada de mais para perguntar qualquer coisa, torci para que não terminasse, queria ser usada por ele, queria ser sua escrava, nunca tinha me sentido assim antes, aquele lugar e aquele homem, despertavam o que de mais belo existia em mim.
Ajoelhei-me e comecei a lambe o chão, lembro-me que queria perguntar o porquê daquilo, mas estava excitada de mais para perguntar qualquer coisa, torci para que não terminasse, queria ser usada por ele, queria ser sua escrava, nunca tinha me sentido assim antes, aquele lugar e aquele homem, despertavam o que de mais belo existia em mim.
Continua...
SirLV
SirLV
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